Existem várias formas de se identificar uma potência: seu poder militar, econômico, etc. Porém, um dos fatos que mais mostram o poder de um país é a influência cultural.
Somos um país com uma cultura rica, bastante diversificada, contudo sofremos com um processo incrível de aculturação, provocado principalmente pelos Estados Unidos.
Importamos muitas coisas de lá no passado, e continuamos importando no presente. Temos uma mania provinciana de alto valorizar o que é de fora. Valorizamos suas músicas, seus filmes então, nem se fala. Importamos festas norte-americanas, por mais rídiculo que seja: “não danço quadrilha por que se fantasiar de matuto é brega”, “mas no halloween não, aí eu me fantasio de Homem Aranha, ou de Harry Poter, ainda posso ir de Peter Pan, por que halloween é uma festa invocada, da galera”.
Todavia, o que me deixa mais irado, é a influência estadunidense na nossa língua. O idioma é uma das coisas que mais identificam uma nação, mas não valorizamos o nosso. “É muito mais show falar americanizado do que “brasileiro””. Então vamos citar alguns casos.
Não existe um canto que isso fique mais evidenciado do que um “shopping Center”. O próprio nome já diz né? “Vamos à praça de alimentação comer nos fast-foods, ou ainda tomar um milkshake com um hamburger. Antes disso quero passar ali numa lan-house, mandar um e-mail para um amigo meu, ele é meu Best.” Existem várias coisas ridículas, agora se referir há bons amigos com o termo Best é de lascar.
Quando o Orkut surgiu (e até hoje ainda ocorre isso) foi engraçado demais. Como não tinha a opção do idioma português a galera começou a usar os termos em inglês mesmo, mas “aportuguesando” as palavras. Certo amigo meu verbalizou o termo “add”: “se quiser me add me adida”. “Vou te mandar um scrap”. “Ei, lhe adedi”. Quer coisa mais ridícula do que isso?
Mas eu acho massa o uso do inglês nas festas. È chique demais: camarote é área vip e tem front stage. Lá dentro tem bebida free, já que é open bar. Tem também lounge (Juro que até hoje eu não sei o que é isso). Terá ainda espaço com serviço beauty e cyber café. Artistas da Globo vão dar um up grade à festa. Se vocês quiserem comprar procure um promoter. Daqui a pouco vai precisar de tradutor pra ir dar o bagaço.
A internet nem se fala. Local onde o inglês come no centro. Você tem que fazer um download de um arquivo que está no site x. Se caso der problema no seu PC, você pode fazer um backup, baixando uns drivers. Tem até mais, é que não sou muito entendido de informática não, vide o design do blog.
Não podemos nos render para qualquer coisa que é imposta. Temos que valorizar o que é nosso, defender nossa história e nossa cultura. A cultura é o segmento que identifica um povo. Não podemos deixá-la morrer.
Ainda bem que falamos português. Já pensou como ficaria um samba ou um forró em inglês? Melhor nem imaginar. Sou Brasileiro acima de tudo, e o que eu puder fazer pra defender essa bandeira eu farei (ou quase tudo). Abaixo o uso abusivo do inglês no nosso dia-a-dia.
Finalizando com um trecho da música do saudoso Jackson do Pandeiro: “Eu só ponho bip-bop no meu samba quando Tio Sam pegar o tamborim, quando ele pegar no pandeiro e no zabumba, quando ele aprender, que o samba não é rumba...”

Parabéns! Ôh texto bom de ler!!
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