Sempre me refiro ao dia-a-dia do professor com a seguinte frase: “Nóis sofre, mas se diverte” (o erro é proposital). Alguns fatos que serão narrados nessa série vão mostrar o porquê de pensar assim. Lembrando que as histórias aqui descritas não ocorreram comigo, e sim com um grande amigo meu. Vocês entenderam né? Um grande amigo meu. Não foi comigo.
Começo com a história que mais me chamou a atenção, pois ocorreu na primeira semana de aula desse amigo, ou seja, que não tinha a menor experiência em sala de aula. Ao chegar à escola a diretora o chama e diz que na sala da quinta série tem um aluno deficiente. Segundo ela, o menino era autista, mas não precisava se preocupar, já que se o aluno se alterasse bastava lhe dar algumas listas telefônicas que estavam estrategicamente sobre a mesa do professor que ele se acalmaria, mas em que nenhuma hipótese abrisse a porta, pois ele fugia para o parquinho.
Assim o professor fez: chegou à sala, trancou a porta e iniciou sua aula. Já próximo ao fim da mesma, o mestre notou que o aluno se levantou e foi de encontro da porta. Como a mesma estava fechada, deu continuidade à aula. O aluno foi se alterando e começou a dar uns gritos. No início nada de assustador, porém depois já estava aos berros puxando a porta com toda a força que Deus tinha lhe dado. Nesse momento não se tinha mais condição de continuar a aula, pois todos os alunos da sala também tentavam em vão acalmar o menino. O professor, desesperado, lembrou-se das benditas listas. Correu em direção ao aluno com as listas nas mãos e as entregou. O dito cujo pegou as listas e num único puxão as rasgou jogando-as para cima.
O desespero nessa hora já era total. Os alunos diziam ao professor: “Faça alguma coisa”. E o professor, perplexo, colocava a mão na cabeça e dizia: “O que é que eu faço???”.
Não tendo mais o que fazer, abriu a porta e deixou o aluno correr em direção ao parquinho. Nesse momento o alívio voltava à sala de aula, e a aula pode ser retomada.
Ao tocar o sinal, o professor foi chamado à sala da diretora que veio o perguntar por que tinha aberto a porta. O professor lembrando-se de toda a cena que tinha passado pensou em responder da maneira mais malcriada possível, mandando a mesma para aquele canto e pedindo as contas. Porém respirou fundo e disse que era a única maneira da aula ter sido retomada.
Hoje a história é hilária, mas, sem dúvida nenhuma, foi umas das piores experiências que esse meu AMIGO passou.

tadinho do seu amigo...
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