Depois da postagem sobre a “evolução” do forró muita gente veio falar comigo dizendo que era a pura realidade desse ritmo. Porém faltaram algumas coisas que poderiam ser acrescentadas nessa “evolução”.
Assistindo a alguns vídeos de bandas atuais de forró cheguei a conclusão que a tão famosa evolução não parou por ali. Por exemplo, se formos para o passado, uma das principais empolgações da galera era ir para uma festa de forró para dançar, mas dançar agarradinho, cheirando o cangote da nega (ou do nego, depende do sexo ou da preferência). Hoje não, hoje se dança solto, até por que as músicas são feitas pra isso. Qual o romantismo de dançar agarradinho com uma música que diz: “olha cachaça, cachaça, cachaça te amo...”? Ou de “quando começo a dançaaaar....elas ficam doidas, elas ficam doidas...”? Ou “êta, êta, a mulherada beba...”? Realmente não dá. Tem que se pular mesmo.
Partindo desse pensamento podemos colocar uma nova subdivisão para o forró: O forró axezado. Sei lá. O que importa é que se dança pulando, jogando as mãos pra cima.
Por isso mesmo, que analisando as atrações do carnaval de algumas cidades, temos a impressão que iremos para alguma festa de São João. Forró num sei que, Forró num sei das quantas. Que danado é? Carnaval era pra ser o período das marchinhas, porém é aceitável que entre um axé, até por que o que seria do axé se não fossem os carnavais, ou as micaretas da vida? Agora entupir as atrações carnavalescas de forró não me agrada muito.
Mas isso faz parte da evolução. Forró invocado não é tocado mais principalmente nas festas juninas, agora invadiu os clubes dos carnavais com seus forrós elétricos. Na verdade o forró já faz tempo que é elétrico. Guitarras, baterias, teclados, etc. Foi isso que tornou o fo ritmo elétrico, e não a mudança da batida.
Quando uma coisa entra na moda é horrível. Até as próprias bandas vão mudando o estilo, se enquadrando no que a galera quer ouvir. Isso se chama falta de identidade. O pior é que o autêntico vai ficando sempre em segundo plano. Talvez os cantores dessas bandas novas já tenham ganhado mais dinheiro em pouco tempo do que cantores tradicionais ganharam em toda a sua vida. Faça uma comparação dos cachês de Aviões ou de Garota com Dominguinhos, ou Trio Nordestino. É covardia.
Mas to nem aí, quero “rodar meu copo na cabeça”, “Chamar a gata pra beber”. Dançar não. Dançar não é coisa de forrozeiro. Forrozeiro só toma amarelinho e dança apontando o dedo pra cima. Ah...e de preferência no pé do palco, que é lugar de bacana. Antes era de pinica, hoje é de desenrolado.
Forró no Sertão
Dominguinhos
“Bota lenha no fogão e abana a fumaceira
Tira gosto e cachaça tem na prateleira
Quer o forró começa cedo e vai a noite inteira
Já chegou o sanfoneiro e a pagodeira
Tira gosto e cachaça tem na prateleira
Quer o forró começa cedo e vai a noite inteira
Já chegou o sanfoneiro e a pagodeira
É preciso conhecer o forró lá no meu sertão
Coisa igual e mais bonita juro por Deus não tem não
Não tem não, não tem não, não tem não
Posso jurar que não tem não
Coisa igual e mais bonita juro por Deus não tem não
Não tem não, não tem não, não tem não
Posso jurar que não tem não
Se ouve o zabumba repicando quente
E nesse contratempo mexendo com a gente
Não tem não, posso jurar de novo não tem não
Não tem não, Parece até que é invenção do cão”
E nesse contratempo mexendo com a gente
Não tem não, posso jurar de novo não tem não
Não tem não, Parece até que é invenção do cão”

já eu sinto saudade do forró sem putaria na letra.lembro quando ia pra escola tocando na rádio limão com mel,calcinha reta daaaaas antigas,mastruz com leite.
ResponderExcluirsou nova mas sou saudosa =]