quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Arte de Ser Solteiro

               
                Depois de algum tempo sem produzir textos recebi uma proposta de tema que realmente me chamou a atenção. Como ficar solteiro por muito tempo. Não que eu seja um PHD no assunto, mas falarei de algumas táticas que poderão ajudar bastante (e ao mesmo tempo me queimar...).
                Ser ou estar solteiro é uma opção. Hoje em dia as pessoas procuram um relacionamento sério, principalmente as mulheres (opinião minha, podem discordar à vontade). O problema é você encontrar uma pessoa que atenda as suas exigências e se encaixe naquilo que você considera “um bom partido”. De cara já digo que dificilmente encontramos isso em alguém, daí tem que vir a primeira habilidade que é se moldar ou ignorar determinados defeitos (ou que achamos que são defeitos).
                Mas o texto não é para falar de como namorar, e sim de como não namorar. Vamos a algumas dicas que podem ser úteis.
                Para você ser um solteiro “bem sucedido” é imprescindível que você tenha alguns amigos na mesma situação, caso contrário a coisa complica bastante. Ter um “time” forte e bem entrosado, e que de preferência apresente os mesmos gostos e estilos, é o diferencial da questão. Se acaso o “time” (ou a equipe, como quiser chamar) começar a perder componentes, busque outros com muita rapidez, caso contrário a chance de dar vontade de mudar de lado aumenta bastante.
                Outra tática interessante é você ter um bom número de contatos do sexo oposto, se é que vocês me entendem. Ter muitas opções de saída faz com que dificilmente você se apegue a alguma específica, até por que muitos contatos lhe deixaram de lado por falta de assistência, o que já vai diminuindo a chance de se amarrar com alguns deles. Vale salientar que é um risco que se corre, tendo em vista que dentro dessa diversidade de contatos certamente existem alguns que valeria a pena investir, mas o objetivo não é esse, então não se lamente.
                Mesmo se dentro dessa diversidade de contatos você vir que tem um que se destaque mais, e que você está se apegando, o macete é se concentrar nos defeitos da pessoa, ela pode ter só um, mas faça com que ele seja inaceitável. Se caso a pessoa não ter defeitos aparentes, invente um, crie...não goste do sorriso dela, da cor da unha, do “perfume seco”, do “cabelo sem forma” (tem gente que vai entender esses dois últimos...). Enfim, faça qualquer coisa para ter uma coisa nela que você não gosta, e que isso seja um motivo de não seguir em frente. Se ela disser que vai mudar, você dirá que não acredita e que será melhor pros dois se afastarem.
                Fique com as pessoas sempre melado, ou então diga que está. Será mais fácil inventar uma desculpa no outro dia. Muitas vezes não nos respondemos pelos nossos atos quando estamos embriagados. É muito mais fácil você dizer à pessoa que falou algo só porque estava melado e que ela não leve em consideração o que foi dito.
                Enfim...como disse no inicio a solteirice é uma opção. Não devemos nunca comparar as duas “formas de vida” (solteiro e comprometido). Cada um apresenta suas vantagens e desvantagens. O certo é que por qualquer uma que você optar terá que abrir mão de algumas coisas.  O ideal é estar satisfeito com a vida que tá seguindo, e deixar as coisas acontecerem naturalmente, até por que de nada adianta namorar querendo estar solteiro e estar solteiro querendo namorar.
PS.: Não dedico o texto à pessoa que me propôs o tema por que não sei se ela quer ser identificada. Kkkkk...
PS2.: O texto se baseia no conhecimento de vida do autor e dos amigos do mesmo. Não necessariamente o que está escrito nele é feito pelos citados.
"Acredito no amor e na monogamia, mas namorada é que nem Nextel, só vale a pena ter se mais da metade dos seus amigos tiverem também"

sábado, 13 de agosto de 2011

Não se faz mais vampiros como antigamente.

Cresci com medo de vampiros. A imagem de uma pessoa com dentes pontiagudos, que se alimentava de sangue e que também poderia se transformar em morcego causava pânico. As vítimas mordidas por eles se tornariam vampiros também, e tinham também, que se alimentar do líquido vermelho.
            Várias pessoas evitavam assistir os filmes de vampiros, como Conde Drácula, por exemplo, pois o mesmo era assustador e poderia provocar alguns pesadelos durante a noite.
            Hoje as coisas mudaram. Os vampiros são sinônimos de galãs. São bonitinhos, românticos e se apaixonam facilmente por uma linda garota ingênua. Eles não matam mais suas presas para se alimentar, pois estaria colocando-as na maldição de viver a vida eterna, e ter que se alimentar de outras pessoas.
            Antigamente os vampiros não saiam durante o dia, pois morriam ao contato com o sol. Hoje eles evitam o sol, pois ficam brilhando, e esse brilho pode apaixonar qualquer pessoa que olhem para eles.
            Antigamente se você quisesse espantar algum vampiro, você poderia usar alho de várias formas: pendurado no pescoço, mastigado, o que quer que fosse. Hoje possivelmente o alho ainda sirva, porém, o seu efeito seja o odor forte que pode levar os vampiros a enjôos e náuseas.
            Os vampiros ultrapassados tinham que descansar durante o dia, e para isso usavam caixões, durante a noite, e não podiam se distanciar de sua sepultura, uma vez que deveriam retornar para ela antes do raiar do dia. Hoje os vampiros vão para escola, bares e festas, até por que tem que aproveitar as coisas boas do mundo moderno. Não tem problema se eles encontram outras pessoas, na verdade eles são iguais aos índios, já estão adaptados à sociedade. Eles não moram mais em cemitérios, isso é totalmente ultrapassado. Vampiro que é vampiro tem que viver em mansões, ser médico e andar de carro de ponta.
            Se antes corríamos com medo dos vampiros para não sermos mortos, hoje a realidade é outra. Hoje são eles quem se assustam com os humanos. Eles fogem com medo, pois não querem fazer a única coisa que eles sabem: chupar o sangue das vítimas. Os vampiros têm coração e também amam.
Viraram totalmente a história e transformaram um monstro em galã. Na realidade o que acontece é um reflexo da sociedade. Para se fazer sucesso hoje em dia tem que passar a imagem de bonzinho e romântico. Tem que ter jeitinho meigo, quase de viado, ter cabelo que caia nos olhos, tão bem penteado que pareçam levemente despenteados. Tem que ter corpo sarado (o vampiro não pode só se importar em tomar sangue, tem que passar umas 3 horas por dia na academia). Tem que mostrar amor incondicional por alguém, muito embora esse alguém, que é um humano, seja odiada pelos publico, principalmente pelas meninas. Exemplo disso são os livros e filmes da saga Crepúsculo, as séries The Vampire Diaries e True Blood.
Já imagino os remakes de “A Hora do Pesadelo”, onde possivelmente freddy Krueger terá feito uma plástica e um implante de cabelo, trocado as lâminas da sua mão por tiras coloridas de cilicone. Jason de Sexta Feira 13 deverá vir sem máscara ou com algumas que não seja tão démodé, que ressalte o desenho do seu rosto . O Massacre da Serra Elétrica possivelmente será feito com alguma arma de laser, tendo em vista que apresenta um corte mais linear e sem falhas.
Acho que o tempo passa e algumas coisas devem ser readaptadas à realidade atual, porém não podemos nos prender a fazer o gosto de uma geração “cut cut”, onde tudo tem que ser bonitinho e fofinho: “Ai...ele é mó lindo” “Queria ter um vampiro fofuxo desse comigo”.
Mas enfim, para não ser incoerente, se você gosta desse estilo de filme, que continue gostando, o que fiz foi uma constatação dos fatos. Prefiro os monstros antigos, até porque monstro só tem uma função: assustar. Para apaixonar já temos os galãs e as beldades.   



domingo, 17 de julho de 2011

Felicidade não tem preço.

            Ontem (16/07) tive a oportunidade de ir ao casamento de dois amigos, e que, por coincidência, também comemoravam o nascimento da sobrinha, que veio ao mundo no mesmo dia. Além desses fatores, tivemos a oportunidade de juntar pessoas que há muito tempo não víamos. E a partir disso tive a prova (se é que precisasse disso) de que é muito bom estar com pessoas que gostamos.
            Sem dúvida alguma, a felicidade é algo indispensável ao ser humano. Quando estamos felizes tudo fica melhor. Não pensamos em nada que possa estragar aquele momento.
            Ver um homem formado se derreter em lágrimas por causa da filha que nasceu, outros tantos chorando por que os amigos estavam casando, abraços e mais abraços de felicidade, pois ali, naquele momento a saudade foi deixada de lado.
            A vida é muito boa para ser desperdiçada com coisas negativas. A vida é para ser bem vivida, e feliz daquele que faz isso independente da fase que esteja passando ou os problemas que esteja atravessando. Ter a prova que tem pessoas em que pode confiar já lhe livra de vários deles. É bom demais você saber que tem gente que gosta de você, e que você gosta de verdade de outros.
            Somos os pilotos das nossas vidas, e assim como na realidade, existem bons e maus motoristas. Aqueles que livram dos buracos, aqueles que dirigem atentos aos movimentos, aqueles que levam sempre seu carro aos caminhos desejados. Outros não tomam tanto cuidados, passam por buracos, batem em outros carros, causam acidentes e quase nunca chegam onde queriam. Porém, como tudo que acontece, temos a chance de escolher o caminho certo e sermos mais atenciosos na estrada.
A vida não é complicada, é até simples demais. Quem a complica mesmo somos nós. Nós que cegamos com o desejo e até mesmo a ganância de sermos bem sucedidos e nos esquecemos que também existe a questão social. Você pode ser a pessoa mais reconhecida e mais rica do seu meio, mas se não tiver ninguém com quem contar, não vai poder dividir essa felicidade com ninguém, não vai receber um abraço sincero e não vai se emocionar com uma vitória alcançada por um amigo seu. Lógico que não vou ser hipócrita de dizer que só basta isso para ser feliz. Mas sem amigos a felicidade nunca vai ser plena.
Então vamos viver a vida do jeito bom de ser. Não vamos nos incomodar com o que o outro faz, não ligar para mesquinharia, não ter inveja, não ter rancor. A infelicidade é contagiante. Uma pessoa infeliz é incapaz de ver e achar que outros são felizes. Elas querem que os outros também sejam infelizes. Não tolera a vitória do semelhante e fazem de tudo para estragar o que é bom.  
Sou feliz por contar com pessoas que posso confiar, e isso (não querendo usar na forma de clichê) não tem preço.

"Quando a felicidade bate na porta, muitas pessoas estão no quintal procurando trevo de quatro folhas."

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os "abestaiados" também amam.

            Há um tempo fiz um texto falando nas formas que podemos identificar um “abestaiado”. Pois bem, algumas pessoas identificaram uns abestaiados no seu ciclo de amizade, outras até se identificaram com alguns atos, mas enfim, o que quero falar hoje é sobre os relacionamentos dos abestaiados. Para ser mais direto, de como um abestaiado consegue namorar. Lembrando sempre que o termo “abestaiado” ta errado propositalmente.
            Uma das coisas que mais causa revolta (pelo menos no meu ciclo de amizade) é quando uma garota arrumada, que tinha condições de ficar com pessoas bem mais desenroladas, fica com um abestaiado. Acho que com as meninas deve ser da mesma forma: saber que aquele cara boa pinta, desenrolado, arrochou uma doidinha que não tem muita coisa na cabeça. Estou certo?
            Às vezes fico tentando imaginar como ele conseguiu. O que será que falou?! Como será que chegou junto?! Não tem condição de um cara que só fala bosta com você, quando chegar à frente de uma garota, se tornar o maior galanteador da região ou ter boas conversas.
Claro que tem momentos em nossas vidas onde podemos dar uma de abestaiado. Quando estamos em momentos de diversão por exemplo. Só que o verdadeiro abestaiado é abestaiado sempre. O ser abestaiado dele não é uma questão de escolha, e sim de personalidade.
Penso as vezes que eles só “pegam” as garotas que são iguais a eles, que na verdade são abestaiadas, mas o pior é que não é verdade, pois já tive oportunidade de conversar com algumas que já arrocharam alguns abestaiados e elas não eram assim.
Pode ser fetiche, atração. Atração de ficar com uma pessoa que tenha uma mente mais deficitária e assim, mesmo que inconscientemente, dominar a relação. E ainda para piorar a situação, tem casos em que a menina é tão arrumada que você passa a ter inveja do abestaiado. Às vezes pensa até em se igualar a ele para obter o mesmo êxito.
A brincadeira faz parte da paquera, faz parte do convívio, mas isso não pode ser sempre. Temos que pensar e agir sério às vezes, coisa que, como já disse, eles não conseguem fazer. E esse é o principal problema. Você pode ter sido ludibriada ali naquele momento, mas será que depois não da pra notar? Será que não da pra ver que aquele cara ali é muito menos do que você merece?
Antes que venham falar qualquer coisa, não existe nada de pessoal nesse texto. Essa é uma situação que já gerou várias discussões entre amigos e agora resolvi publicá-la. E como já disse também, pode ser inveja. Mas é uma inveja da situação e não do abestaido propriamente dito.
Mas enfim, os abestaiados também têm o direito de ser felizes, desde que sejam com as abestaiadas iguais a eles.
“Na juventude, aprendemos; na maturidade, compreendemos.”

Gosto não se discute.

               Gosto realmente é uma coisa que não se pode discutir. Porém, eu acho que podemos discutir o porquê de não gostar de algo. Por exemplo: não gosto de beterraba por que acho que tem gosto de areia, e isso é suficiente para evitar comê-la.
                Ao gostarmos de algo, gostamos por que gostamos. A sua existência por si só já é uma causa de gostar. Por isso não devemos dizer que o gosto de fulano é péssimo ou outras coisas que denigrem aquele gostar. Várias vezes nos deparamos com situações onde se colocam as nossas preferências em cheque, e tentam, de todas as formas, mostrarem que o que gostamos não presta.
                Uma das coisas que mais se discute é o gosto musical. Alguns ritmos são visto com muito preconceito, e esse preconceito acaba se estendendo para quem o gosta. O maior exemplo disso é o brega. O próprio nome já é pejorativo para com o ritmo. Segundo o dicionário, brega é algo (situação, desempenho, produto) com traços sociais grosseiros. O que seria grosseiro? Declarar um amor de forma que todos entendam? Falar de uma mor que não deu certo de forma clara e direta? Várias músicas falam disso nos outros ritmos e não são tachados como tal e principalmente, não são tão discriminados. Claro, devemos saber que musicalmente, harmonicamente, existem músicas de qualidade e outras que não são, mas como nem todos nós temos capacidade de diferenciar isso, pois nem todos somos músicos, e por isso poderemos ouvir o que bem entender.
                Outra forma de julgamento se dá pelos cantos que você freqüenta. As pessoas dizem: Esse canto que você vai é de péssimo gosto. Porraaaaaaaaaaaaaaaaa...quem são vocês para dizer que tal local, que na maioria das vezes nunca foram, é de péssimo gosto? Pode ser ruim para você, mas para a pessoa que gosta é um local excelente para ser freqüentado, então nos resta respeitar. Não existe uma norma nos dizendo o que é bom ou o que é ruim. Esse julgamento somos nós quem fazemos.
 Na verdade o que queremos é transformar todos que estão ao nosso redor, ou todos com quem convivemos em nossas cópias. Temos problemas de aceitar gostos diferentes, queremos moldar, para que a companhia daquela pessoa seja sempre da forma que imaginamos. Nessa vida as escolhas são livres, e é por isso que nosso ciclo de amizades, geralmente é formado por pessoas que tem gostos em comum, mas isso não é uma regra.
Por isso sejamos tolerantes, e paremos de julgar os outros através dos estereótipos criados por uma sociedade preconceituosa e excludente. No mundo existem mais ou menos 7 bilhões de pessoas, e pode ter certeza meu amigo e minha amiga, que você não é a mais especial.
Nós não somos o que ouvimos, o que comemos, o que vestimos, o local aonde vamos. Somos formados pela nossa personalidade, nossos atos, nossa honestidade e é isso que diz o nosso real valor dentro da sociedade. Não somos mercadorias com preços estampados ou com códigos de barras, onde quem olha sabe quanto valemos.
Goste do que quiser gostar, desde que seja lícito, e curta sua vida feliz com você.  Pois como dia Félix Lope de Veja, "A única razão do gosto é o gosto."
"Não há vasilha que meça os gostos nem balança que os iguale; cada qual tem o seu, e, pensando que é o melhor, é o mais enganado." (Mateo Alemán)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu Brasil Brasileiro...

           Sou professor de geografia, formado pela UFRN em 2005.1. Hoje exerço a profissão que escolhi, diferente de vários companheiros de faculdade que trilharam outros caminhos.
Ser professor no Brasil é complicado. Complicado por que essa profissão não tem o reconhecimento que merece, e isso não é choro não, é a pura realidade. Não me refiro ao valor em relação ao salário somente, mas a um todo. Porém esse post não é para falar da vida de professor, mas sim compará-la com outras profissões.
A maior parte dos cursos superiores dura quatro anos e meio, em média. Esse é o tempo que a maioria dos alunos passa estudando para alcançar o tão esperado diploma. Antes disso, você teve que passar no mínimo 11 anos estudando no ensino regular. Contando que você tenha passado no primeiro vestibular, passou 15 anos e meio para atingir esse objetivo. Colocando aí mais dois anos de pós-graduação chegamos à marca dos 17 anos, quase a maioridade.
Pois bem. Esses 17 anos de estudo não lhe garantem um emprego ainda. Tem que ralar pra conseguir, e contar com uma boa porção de sorte. Conheço várias pessoas que mesmo tendo concluído seus cursos e seus mestrados não conseguiram um emprego ainda.
Mas para se ganhar dinheiro no Brasil não precisa ser estudado não. Você pode ganhar dinheiro se você nascer gostosa. Não tem para que saber ler ou contar, tendo uma bunda grande seu futuro ta garantido. As revistas e os BBB’s da vida estão aí pra isso. Se você for homem é mais difícil, porém, se souber jogar bola você pode ganhar muito mais do que vários profissionais Pós-graduados.
Por isso que o Brasil sempre vai ser um país subdesenvolvido, enquanto não investir maciçamente em educação. Enquanto der valor a um par de coxas e a um rabo grande. Enquanto um jogador de bola ganhar mais que um doutor. Isso é triste e desmotivador.
Não sei quanto tempo eu vou ter que passar para conseguir (se é que consigo) um milhão de reais. Mas para os participantes do BBB só são 3 meses. 3 meses de vagabundagem total: farras, biritas, conversas fiadas, dormidas, comida de graça, dentre outros. E o pior é que fazem isso com a ajuda do povo. O povo é quem faz isso se repetir através da audiência e de votações.
Enquanto supervalorizarmos bundas e bola, continuaremos atrasados e tapados. E é isso que querem que gente seja: TAPADOS, para que possam fazer da gente uma massa de manobrados que aceita qualquer coisa pacificamente.
Para que estudar, se os principais exemplos de pessoas bem sucedidas no Brasil não estudaram quase nada?

           

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O "estrupo" do português na net.

            A internet sem dúvida nenhuma é uma das maiores invenções de todos os tempos e mostra como nada, o avanço no sistema de comunicação mundial. Porém sua popularização deixa transparecer coisas que de certa forma nos leva a algumas preocupações.  Essas preocupações ficam expostas principalmente nas redes sociais como o twitter, Orkut e facebook. Tentarei mostrar aqui as principais aberrações que se destacam:

            Inicialmente não poderia deixar de falar de como existem pessoas que não sabem escrever. Isso é um dado preocupante, pois acaba demonstrando a qualidade do ensino brasileiro e a falta de preocupação no que se refere ao uso correto da língua portuguesa (porém, segundo o MEC, o que importa é que se entenda o que foi passado). É impressionante a quantidade de erros. Citarei os mais comuns: O esquecimento da letra “R” depois do verbo no particípio é no mínimo irritante. “Eu vou canta hoje”, “vou ir buscar minha irma na escola depois eu vo anda de bike”, “to cm fome, vou come rs”. Outro erro mais irritante ainda é o uso do “com certeza”. COM CERTEZA É SEPARADO. Você tem a certeza de algo, está com a certeza de alguma coisa e não “concerteza”. Pior ainda é quando é escrito com “M”: “coMcerteza”, por que aí estupra mais ainda português, já que uma das primeiras coisas que aprendemos no ensino infantil é que a letra M é usada somente antes de P e B. Ainda não sei por que, mas é assim que a regra manda, e é assim que temos que usar.  Quer ver a quantidade de erro como esse, vá à área de pesquisa do twitter e coloque, por exemplo, a palavra “coNpanheiro”: “Foi eu consegui Fugir Tô aqui e Denuciei + esse dai foi meu conpanheiro q encontraram !” Pode ser ao contrário também: “Ain ainda há esperamça de homens cavalheiros *----------* huhuahau”. Vocês ainda podem pesquisar palavras como “voçê”, “presizo”, “licensa”, etc. Sem falar no “para MIM fazer” “para MIM cantar”. Porraaaaaa... Você não é um índio para falar assim. Quem canta sou EU e não MIM, quem faz sou EU e não MIM. É para EU fazer e para EU cantar.

Outra coisas interessante no twitter é a questão da contagem das palavras mais digitadas no site, o famoso TT ou Trending Topics. Acho interessante por que conseguimos ver o quanto as pessoas não tem do que falar, do quanto falam besteira na NET. Qualquer coisa que acontece, para lá. Por exemplo: hoje na hora que estava fazendo esse texto os TTs do Brasil eram #Super8Secret, Eduardo & Mônica, #riovermelho, Ana Paula Padrão, #battisti, #planetaterra, Fla-Ritiba, Catherine Deneuve, Alexandre Gallo, Benzema. Realmente uma das coisas mais importantes do Brasil foi o “quase” erro de Ana Paula Padrão que quase chamava o Jornal da Record de jornal Nacional, ou a torcida do Flamengo secando o Vasco.

Criamos depois da internet alguns termos que quando usado em excesso se torna no mínimo ridículo. Letras maiúsculas misturadas com minúsculas em uma só palavra: “AaAaaadDdDdooOoOOooOoOroOOOo”; novos verbos criados como o “mitar”, que é usado quando se acerta algum palpite de um jogo, por exemplo; o uso indiscriminado de palavras em inglês totalmente fora do contexto como “first”, usado pra sair na página inicial de um tópico do Orkut e pra finalizar as palavras da moda, que infeizmente, muitas vezes sai do mundo virtual para o real como o termo “tenso”: “isso é muito tenso”, “aquilo é tenso demais”, etc.
O que realmente entristece é saber que esses erros não ocorrem somente na WEB. Eles ultrapassam as fronteiras digitais e entram no cotidiano da população. A quantidade de analfabetos funcionais no Brasil é de assustar, e o que parece uma brincadeira ou uma coisa normal em um mundo sem regra gramatical, como a internet, ajuda no crescimento desse número. Estamos criando pessoas sem a mínima capacidade de interpretar um texto, de entender uma simples frase. E se você não sabe ler (e quando digo ler estou me referindo a compreender o que está lendo) você não consegue ser bom em nenhuma outra disciplina, certamente vai ter dificuldade de aprendizado.

Às vezes me pergunto de quem é a culpa, se é do governo, que não investe como precisa na educação, se é das famílias que entregam as crianças na escola e não acompanham seu aprendizado, se é dos professores que não tem a motivação de ensinar. Porém mudo de idéia e digo que o que importa não é achar "o" ou "os" culpados, e sim uma solução, para que isso não vire a regra, ao invés da exceção.

PS.: Já ia esquecendo de falar que todos os exemplos citados no texto foram retirados de postagens no twitter.


"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes
brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
( Paulo Freire )








quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Patricinha e a Pinica.

           Depois do sucesso do texto dos pintas e dos playboys resolvi falar de outras duas “tribos” que embora muito diferentes, apresentam algumas semelhanças interessantes: A patricinha e a pinica. O principal diferencial entre essas duas tribos é a condição financeira, que faz com que as patricinhas tenham mais condições de se arrumar melhor, de fazer um tratamento de pele, arrumar o cabelo melhor, etc. Porém os costumes são bastante parecidos. Ah...vale salientar que o termo pinica aqui, não está em nenhum momento sendo pejorativo.
            Tentarei expressar essas similaridades.
            As duas tribos vão às festas. As duas tribos têm seus ídolos. As duas tribos querem ficar próximos aos seus ídolos, portanto, as duas tribos ficam no “pé do palco”. Aí vem a primeira questão. Por que quando se trata de uma pinica ficar na frente do palco é brega e quando se trata das patricinhas é moda?
            Cada uma se veste da maneira que o seu financeiro lhe permite. As patricinhas usam roupas bem mais caras, objetivando chamar atenção. O objetivo das pinicas também é o mesmo, porém com roupas menos chiques.
            Na maquiagem eu não vejo muita diferença. Todas são chamativas. Se bem que hoje em dia as patricinhas se maquiam de uma maneira que algumas se tornam irreconhecíveis. Devem aumentar alguns quilos com aqueles pós na cara. Enfim, isso é uma opinião pessoal, pode ser que alguém discorde.
            As duas cantam loucamente a música de seus ídolos. As pinicas amam Amado Batista, Bartô Galeno, Tota Silva. As patricinhas adoram as musicas de Amado Batista, Bartô Galeno e Tota Silva, mas na voz de Wesley Safadão e De Xandy do Avião. As duas dançam swingueira, as patricinhas no carnaval de Caicó, a pinica na barraca do Japonês. Ambas são fãs de Grafith: A patricinha nas formaturas, as pinicas no CDCE e no North Show. As patricinhas amam Sertanejo, no Vyolla. As Pinicas no Quintal II ou Violão de Ouro.
            As duas bebem até cair. As patricinhas tomam Absolut, Skyy, Suco Gummy e Devassa. As pinicas bebem Slova, Natasha, caipirinha e Schin. Quando ficam meladas dão o mesmo trabalho. Choram, vomitam, enfim: coisas naturais de bêbados.
            Para finalizar, uma das principais diferenças entre as tribos (logicamente sem querer generalizar). As pinicas fazem tudo isso com o dinheiro do seu suado emprego. Ralam muito para conseguir extravasar num final de semana, comprar suas roupas, etc. A maioria das patricinhas não trabalham, tem tudo do bom e do melhor sem fazer o menor esforço, por isso muitas vezes não dão valor aos bens adquiridos.
            Como todos sabem a condição financeira segrega pessoas e cria status que são defendidos duramente por parte da galera, que faz questão de “não se misturar” com “essa gente” nem que para isso abra mão de coisas que gostem.
            O bom é curtir com todo mundo, se divertir em qualquer local, até por que estando com uma turma legal a diversão é garantida.
“Normalmente, são tão poucas as diferenças de homem para homem que não há motivo nenhum para sermos vaidosos.”
           

domingo, 22 de maio de 2011

O Bar, o Barzinho e o Boteco.

             Esse post é voltado principalmente pra galera da noite, que gosta de tomar umas e outras por aí, pela cidade a fora. Natal (falo daqui pois tenho propriedade pra isso) tem uma maneira diferente (ou não) de taxar os estabelecimentos de diversão. Aqui existe o bar, o boteco e o barzinho, e pode ter certeza que, mesmo a essência dos três sendo a mesma, existe uma enorme diferença entre eles.
            Começarei falando do boteco.
            O boteco é aquele bar reieira, que não tem luxo de nada. Oferece como diferencial a cerva sempre gelada e petiscos exóticos, como buchada, picado, tripa de porco, arrumadinho, dentre outros. Os caldos também são uma boa pedida: mocotó, cavala, camarão, ova de curimatã, etc. Os banheiros geralmente são atrás do bar, que muitas vezes é uma cigarreira. O masculino é podre. Sujo, fedorento e sem descarga. Às vezes fazemos o serviço na própria pia, onde já lavamos as mãos também. O feminino geralmente é mais limpinho, e fica fechado, para “os macho” não adentrarem e fazerem o serviço lá mesmo.
            Geralmente os botecos são usados como um aquecimento para uma farra maior. Para ali, toma umas 4 ou 7 cervejinhas com uns 3 espetinhos e segue o rumo.
            O bar é um boteco melhorado. Apresenta petiscos mais “sofisticados” como filé com fritas, isca de peixe, etc. Tem opção de assados, como Picanha no espeto, maminha, contra filé, dentre outro. A cerveja é mais cara, muito embora seja a mesma vendida no boteco. É verdade que temos mais opções de marcas distintas.
            O bar é um bom lugar pra tomar uma vendo um DVD, assistindo a algum jogo, etc. É uma opção para se passar uma tarde de domingo, por exemplo.
            Por ultimo, o famoso barzinho. Colocamos alguma palavra no diminutivo geralmente para subvalorizar alguma coisa. Não nesse caso. Nesse caso mesmo estando no diminutivo, o barzinho é o top de linha da cidade. Os barzinhos geralmente apresentam música ao vivo, cobra-se entrada. A bebida lá é o olho da cara. A cerveja é long neck, na maioria deles Devassa, que a cerva da galera desenrolada.
            Eu particularmente prefiro os dois primeiros, mas não critico os barzinhos (é esse mesmo o diminutivo). Na verdade se tem que se criticar algo são os freqüentadores. Em qualquer um dos locais tem gente desagradável. No boteco tem a figura folclórica do papudo, por exemplo. Nos bares tem os chatos normais, torcedores de determinados times, caras que querem ligar o som do carro, colocar determinado DVD. No Barzinho tem o povo da aparência.
            Não nos esqueçamos da essência de todos, que é tomar uma. O resto cada um faz da maneira que achar melhor.
E você? Qual a sua preferência?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Aviso aos Navegantes.

A aê povos...só para dar uma satisfação. O blog está desatualizado por vários motivos: período sem net, período de provas, etc. Mas em breve estarei atualizando. Já tenho vários textos em mente, inclusive uma nova série. Abraço a todos e aguardem tempo...


Valeu...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Arte de Paquerar.

            Paquerar é uma arte, e hoje está cada vez mais difícil se achar artistas que exerçam essa função com maestria. Talvez por que as pessoas hoje estejam mais difíceis, ou até mesmo por que estejam mais exigentes, e ainda quem sabe, essas pessoas não se deixem permitir ser paqueradas. O certo é que se quiser se dar bem hoje em alguma festa, por exemplo, você tem que ser criativo.
            Nas minhas ultimas festas fiquei observando (não que tenha ido com essa intenção) algumas formas distintas de paquerar. Algumas deram certo, outras nem tanto. Lembrando que falarei dos modos dos homens paquerarem, já que os das mulheres quase sempre são da mesma forma (pelo menos eu acho isso). Então vamos lá:
Tem o paquerador dado. Aquele que não ta nem aí se vão achar que ele é fácil demais. Ele é o típico atirador, e às vezes se queima nisso. A maioria das mulheres gosta de se sentir desejada, ser a única, especial, e no momento que você sai atirando em todo mundo ela vai se sentir apenas mais uma na alça de mira. E não adianta falar que estava de olho nela desde o início, que mesmo tirando onda com as outras o foco principal sempre foi ela, que ela não deu espaço para que você chegasse etc, por que não vai colar.
Tem o paquerador oportunista, que aproveita da habilidade dos amigos para chegarem junto das amigas das mulheres ou paqueras dos amigos. Esse aí tem uma probabilidade muito grande de se dar bem, já que ninguém nesse mundo gosta de segurar vela para ninguém, então, já que a amiga ta encaminhada ela se garante logo. Essa atitude, no meu ciclo de amizade, é chamada de “bater esteira”.
O paquerador que não tem trabalho é aquele que sempre que o amigo arruma uma ficante ou algo do gênero, já pergunta se tem alguma amiga disponível para qualquer dia sair os quatro: o casal, o amigo do cara e a amiga da menina. Quase 100% de garantia de rolar um romance nesse caso também.
Paquerador facial é aquele que paquera de longe, faz caras e bocas para que a menina entenda o que ele quer e que ta afim dela. O difícil nesse caso é a garota perceber. O cara rir, mexe o cabelo, faz um coração no ar, da uma piscada, em fim, tenta chamar a atenção da “presa”.
Tem o paquerador estrela, ou playboy (não podia faltar né!?). Esse aí não pode demonstrar que está interessado na menina, ela quem perceba e venha atrás dele, por que estrela que é estrela não se rebaixa correndo atrás de garota alguma. Ficam com o  copo na mão, as vezes se balaçam no ritmo da música, sempre com cuidado no cabelo, para que não fiquem arrepiados. Sinceramente não sei a magia que contém nessa tática, o foda é que ainda da certo. Acho que deve ter um espécie de hipnose, sei lá, só sei que tem meninas (geralmente as mais novinhas) que ficam doidas quando são paqueradas pelos estrelas.
Alguns outros usam alguns artifícios extras para auxiliá-los na tarefa. Já vi gente pegando mulher se fazendo de mudo, com anel de brinquedo, com bilhetinhos escritos em casa, com pentes, brincos, sapatos, enfim, tudo que venha a somar no caso. Acho interessante essa modalidade, até por que já mostram para a garota que o rapaz tem criatividade.
Outro tipo de paquerador é o papeador. Esse aí se garante com qualquer garota, pois desenrola uma boa conversa, mesmo que minta às vezes, ou quase sempre. Esses geralmente se dão bem, já que quase sempre tem alguém que cai na lábia deles.
O paquerador tímido é o que mais se lasca. Precisa tomar uma ruma de birita para ficar desenrolado, e quando isso acontece geralmente as meninas mais invocadas da festa já estão arrochadas. Mas como já ta melado mesmo, acaba pegando qualquer uma, só para não passar em branco.
Por ultimo falarei no paquerador mais odiado pelas mulheres: o “Paquerador Abestaiado”. Esse sempre chega usando frases feitas, pegando no cabelo das mulheres, puxando-as pelo braço, enfim, é um verdadeiro pé no saco.
Talvez existam outros tipos que não citei aqui, mas a verdade é que tudo isso, todas as atitudes e os tipos visam um objetivo, conquistar uma garota. Elas são o tesouro mais valioso e cobiçado numa festa, e é por isso que ficam numa situação bastante privilegiada. Às vezes fico pensando se a situação se invertesse, se os homens de paqueradores passassem a ser os paquerados. Será que dariam uma de difícil também, ou ficariam encabulados? A mulher que ficou curiosa pode fazer o teste. Saiam ao ataque, não esperem os homens chegar. Acho que a maioria iria achar bom, eu pelo menos faço parte desse grupo.

“Pense como um homem de ação, atue como um homem de pensamento

domingo, 20 de março de 2011

Identificando um "abestaiado".

           
             Uma das piores coisas que podem existir em uma relação social é ter alguém chato no meio. Esses caras conseguem estragar qualquer farra, qualquer conversa, enfim, acabar tudo. Costumo chamar esses caras de “abestaiado”, e assim os são.
            Existe algumas formas de se identificar uma passoa “abestaiada”, se você tiver alguma das características que citarei, é bom se ligar.
            Um abestaiado é um cara que num show faz tudo que a banda pede: coloca o copo pra cima, balança as mãozinhas, joga para um lado e para o outro, etc. Dança batendo o pé no chão, para fazer zoada; puxa o cabelo da meninas que passam; se revolta quando  a doidinha não dança com ele (“e tu veio fazer o que aqui, se não foi para dançar?”), até parece que as garotas tem obrigação de dançar com ele; dizem cantadas feitas, como “tanta curva e eu sem freio” e ainda acham que estão abafando. Quando ficam bêbados são mais insuportáveis ainda: Choram, lhe abraça, fala cuspindo, lhe agarra para falar, fala quase beijando, diz que tem ama, que você é o melhor amigo dele, etc.
             Um abestaiado não fala, grita. Um abestaiado tem sempre as brincadeiras mais sem graça possíveis. Um abestaiado cola um papel nas costas dos outros, escrito: “sou gay”, “me chute”, dentre outros, e acha isso a coisa mais engraçada do mundo; faz “escurinho” nos amigos; brinca de “pagou”.
Quando você está em algum lugar com muita gente e um abestaiado lhe ver, ele fala seu nome nas alturas, ou então diz algo que só ele acha engraçado, como “bora safadão” ou “cornão”. Quando ganhar algum brinde ele usa, como a coroa do Burger King.
Abestaiado que é abestaiado abraça e beija todas as amigas, mas nunca pega nenhuma, e ainda fica puto quando um cara quer tirar onda com uma delas. Defende-as como se fossem suas esposas. Abestaiado que se preza copia as anotações do quadro para as colegas de sala, pensando que assim elas podem recompensá-lo com um beijo.
Quando ta no busão ouve música no celular sem fone, geralmente sendo música eletrônica. Quando ta em pé, fica atravessado no corredor, dificultando a passagem dos outros passageiros. Um abestaiado quase sempre cai em cima do povo quando o motorista faz uma curva. Quando ouve a musica com fone, canta a mesma, sem notar que ta cantando alto.
Um abestaiado fica dizendo números fora de ordem quando uma pessoa ta contando algo, com o intuito de atrapalhar. O Abestaiado continua batendo palmas mesmo depois dos aplausos já terem se acabado. Num aniversário fica cantando os parabéns errado, para tentar confundir o povo. Estoura as bolas de encher,         “disfarçadamente”, só que todo mundo ver que foi ele; faz questão de cantar o “com quem será”, e aponta ou sai falando o nome da pessoa para os outros falarem na hora do “vai depender...”.
Existem várias outras características, porém, se for citar todas, passaria a noite escrevendo.
 Enfim, se você é abestaiado ta na hora de mudar, por que por mais que os outros falem com você, eles não lhe gostam. Acham você um pé no saco e pela educação tentam manter um laço social com sua pessoa. Cresça mentalmente para evitar chatear os outros, por que se você se acha escroto, é só você mesmo que acha, ou outras pessoas que são tão “abestaiadas” como você.

"Um dia você aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou." (William Shakespeare)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Inocência Perdida.


          
           Andando por alguns shoppings de Natal e observando o comportamento da galera, cheguei a uma triste conclusão: Alguns pais estão tirando o que há de mais encantador nas crianças, justamente a inocência de criança, o “ser” criança. Na verdade esse trecho é mais voltado para as mães. Os pais não influenciam tanto no modo do menino se vestir, já as mães...
            Tentarei aqui descrever a situação para vocês:
            As menininhas de hoje em dia são umas coroas. Se vestem como tal, agem como tal, talvez só não pensem como tal, muito embora façam esforço para isso. As mães deixam as filhas mais enfeitadas do que penteadeira de puta (usando o termo de Jessier Quirino). Mais maquiada do que um palhaço. Acho que só a maquiagem faz a menina aumentar uns 20 Kg.
            As roupas têm que ser de marca, com as respectivas bolsas. As unhas cuidadosamente pintadas, de preferência com cores inéditas. Os cabelos “pranchados”, de tão esticados que parecem que são de aço. Os saltos mais altos que elas próprias.
            Os meninos, como já disse, não sofrem tanta influência dos pais, é mais da mídia e dos amigos. Sendo assim, tem algumas opções: a primeira dela é se vestir como pinta. Talvez na concepção deles para parecer escroto tenha que parecer pinta, tenha que ter cara de mal, usar jaquetas com tocas, tênis de skatistas. A segunda delas é a ala dos coloridos. São os meninos já citados no outro texto - http://mulestadoscachorro.blogspot.com/2011/02/juventude-transviada.html (Juventude Trans(viada)) .
            Dou valor a isso não. Se tem uma coisa que não gosto é de criança que quer ser velha. Penso logo que é um anão. Criança tem que ser criança em todos os sentidos: falar besteira, brincar do que quiser, fazer raiva, sem se importar com o que pensarão deles. Tem que vestir as roupas que os pais escolham, mas que sejam roupas de crianças. Tem que exibir na face a inocência de criança, e não a de um adulto forçado.
Pergunto-me o porquê disso? Por que forçar a barra e deixar a filha como se fosse uma idosa. Será que a frescura da mãe é estendida para a filha? Será que é frustração da mãe que queria se vestir assim quando nova e não conseguia, e agora desconta na filha? Sinceramente não sei dizer.
De certa forma preocupo-me com o futuro (não que vá morrer por causa disso). Mas quando paro pra pensar em que adultos esses menininhos irão se tornar essa preocupação vem à tona.
            Mas enfim, cada um educa seu filho da maneira que achar conveniente e correta. Até por que isso é uma função única e exclusiva dos pais. Porém, temos o direito de criticar atitudes que julgamos exageradas, e isso que faço.
            Quem volte os esconde-esconde, as brincadeiras de tica, os polícias e ladrões, e que parem de querer acelerar o processo de envelhecimento natural da garotada.

“O único hábito que se deve permitir a uma criança é o de não adquirir nenhum”.


Ah, o carnaval!!!

Demorei a escrever, pois não gosto de forçar nenhum tema. Eles têm que chegar do nada. Algo que alguém fala, algo que alguém faz, etc. Qualquer coisa dessa pode virar assunto para um texto.
Deu vontade de falar do carnaval, só não sei o que ainda. Começarei a escrever livremente, e prometo a todos que não editei absolutamente nada.
            O carnaval é uma data bem interessante. É o único período do ano que você é liberado das suas obrigações com o único objetivo de farrear. Encher a cara de cachaça, ir para festas, namorar, tirar onda e outras coisas mais. Temos essa data em nosso calendário, e para alguns o ano só começa após a mesma.
            Nesse período as pessoas se soltam. Muitas deixam extrapolar a vontade de coisas, que por censura dos dias normais, não podem ser colocadas em prática. Fazem o que vier na cabeça. Alguns se escondem atrás de máscaras ou de fantasias, para de uma certa forma tentar “mascarar” seu atos. Outros estão nem aí, aliás – “carnaval é só uma vez no ano.”
            Surgem várias bandas nesse período, e ficam por aí mesmo, quem sabe até o outro ano. Músicas da moda, que duram somente 5 dias, não que elas queiram isso, é por que se escuta tanto no período carnavalesco que se enjoa mesmo. Mas quem se importa? Carnaval é isso mesmo. É para ouvir o que não presta. Já pensou um carnaval ao som de Tom Jobim? Ou de Nelson Nedi? Realmente num daria certo, né?
            No carnaval tem que ser “chicotada e tchau”, negócio de ficar com chamego não. Temos que beber dizer para todos que “Eu fico triste e alegre
Sem beber eu fico triste, bebendo eu fico alegre”. Ou então chamar seu amigo -“bó beber bó”.  Tem as mulheres da malhação que entraram na academia só para ficar “durinha, durinha, toda gostosinha” nesse carnaval. Se você se perdeu da turma e for homem, tem nada não, pode “dormir lá em cima, na casa das primas”; se for mulher, “dorme lá em baixo, na casa dos machos”. O que importa é descansar. Se for novinha pode fazer a “posição da rã”.
            Descobri nesse carnaval que “meu coração era um menino traquino, saia rindo de toda relação”. E acho que ta mais que certo né? Até por que “eu tô solteiro e tô feliz, to sorrindo à toa”.
            Aguardar agora 2012, até por que tem muita água para rolar por baixo da ponte, mas uma coisa é certa. O carnaval continuará do mesmo jeito, e mesmo a música saindo da moda, o espírito continuará sendo “chicotada e tchau”.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Pinta e o Playboy.

            Não gosto muito do termo “tribo”, porém vou usá-lo hoje para falar sobre duas delas, que inicialmente são bem diferentes, contudo apresentam semelhanças imensas, diferenciado-as na questão do gosto: o pinta e o playboy.
            É muito fácil identificar, em qualquer situação, os dois grupos citados. Cada um apresenta características próprias, como a vestimenta e os atos.
Os pintas usam suas roupas da “ciclone” que tem que ser, de preferência de veludo. O kit básico é um bermudão, camisa solta e uma corrente de prata. O pingente vai mostrar o lado de inclinação do pinta. Pode ser de uma torcida organizada, de um cantor de rap, etc. O Boné também é marca registrada, com a aba dobrada o máximo que conseguir. A marca pode variar: Hang Loose, Billabong, Smolder, Quiksilver, etc.
O playboy tem sua marca registrada também: calça justa (se a situação for casual, usa-se com sandália Havaiana; se for mais arrumado, usa-se com tênis, de preferência da Nike, mas também pode ser Adidas). A camisa também tem que ser coladinha. As marcas preferidas são: Polo Play, Hollister, Abercrombie, etc. O interessante é que tenha algum número. A estampa não interessa desde que tenha em destaque a marca da camisa. O melhor é que ela venha escrita no centro, na parte do peito. Quanto ao boné, os playboy já usaram mais no passado, hoje não usam tanto, mas se usarem os preferidos são os da Adidas.
Cada uma das tribos idolatra um estilo musical: o pinta fica louco quando toca o chamado “reggae das antiga”, com banda mel, banda reflexo, e o grande grafitão. O playboy se agita com Garota Safada e Aviões do Forró.
As danças também os caracterizam: os pintas dançam de uma maneira singular, colocando o pé pra frente e balançando os braços atrás da bunda, como se tivesse abanando-a. Quando o negocio esquenta é formada a linha de batalha, onde uns saem de um lado pra outro dando murro no ar (até que atinja alguém). Os pulos também são características "pintai"s. O playboy dança levantando o copo de bebida, que tem que ser Whisky. As vezes não se satisfazem só com os copos, então levantam os litros da birita também. Uns, mais exaltados, ficam dando pinotes também, parecendo com os pintas já citados.
Tem a hora chata dos dois. A hora das brigas. Pinta e playboy que se preze tem que arrumar confusão. Tem que detonar. Os pintas chegam com seu golpe fatal, a voadora; os playboys chegam no murro. Para começar basta um pequeno esbarrão, ou então alguém olhar para a mulher de um deles.
No agrupamento, os pintas fazem gangs, os playboys fazem equipes: os pintas se intitulam de “TGA Comando Esperança” ou “TMV Passo da Patria”. Os playboys são: “equipe bebo rodado” ou “Equipe Alcoólatras Famosos”, por exemplo.
A localização que ficam dentro de um show também é a mesma: o pé do palco. Antigamente o pé do palco era reduto dos pinta, que tem total direito de tentarem retomar o poder desse espaço. Os plaboys chegaram agora e já se acham dono do território. Mas enfim, o que importa é ta ali perto da banda, pedindo que mande um alô para o seu agrupamento. Quando o alô é individual funciona assim: O nome do pinta vem acompanhado com o prefixo boy. Boy Caveira, Boy Morcego, Boy Doidera, etc. Os playboys tem que ter nome e sobrenome. Para ser playboy a galera tem que saber seu sobrenome: Felipe Flor; Rodrigo Freire, etc. (qualquer semelhança é mera coincidência).
As mulheres dos dois são presença constante: As dos pintas procurando confusão, com as jaquetas dos namorados, e as dos playboys desfilando frescura com seus saltos altos e maquilagens tão fortes que as vezes parecem umas palhaças.
As suas tribos fumam cigarro, as duas tribos fumam maconha. A diferença é que o pinta é “maconheiro vagabundo” e o playboy fuma pra fazer a cabeça.
No fundo o que as duas tribos querem é a atenção da galera. Mostrar para os outros que são escrotos. Bem mais escrotos do que o resto dos normais. Ambas apresentam um uniforme, ambas se posicionam estrategicamente, ambas gostam de uma confusão, ambas curtem um determinado ritmo.
Quando me refiro que a semelhança é muito grande, falo relacionado ao modo de pensar, se é que existe pensamento nesse meio. O que fica explicito é uma guerra de egos em que, o que vale é aparecer bem para a sociedade. E esse “aparecer bem” pode muito bem não estar de acordo com o que é aceito pela própria sociedade, mas sim, de acordo com o que eles pensam que é certo ou errado, o que é escroto ou não, o que o vai deixar popular ou não.
Seguirão assim por muito mais tempo, até ver que vivem num mudo de fantasia e de aparência, num mundo de futilidades no qual não acrescentará nada na sua vida. Torçamos para que o crescimento cronológico venha acompanhado do crescimento mental, que às vezes é atrofiado por esses pensamentos fúteis. Caso isso não ocorra, seremos obrigados a ver por muito tempo ainda a disputa das duas “tribos” pelo espaço tão desejado.

“Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são.”