Gosto realmente é uma coisa que não se pode discutir. Porém, eu acho que podemos discutir o porquê de não gostar de algo. Por exemplo: não gosto de beterraba por que acho que tem gosto de areia, e isso é suficiente para evitar comê-la.
Ao gostarmos de algo, gostamos por que gostamos. A sua existência por si só já é uma causa de gostar. Por isso não devemos dizer que o gosto de fulano é péssimo ou outras coisas que denigrem aquele gostar. Várias vezes nos deparamos com situações onde se colocam as nossas preferências em cheque, e tentam, de todas as formas, mostrarem que o que gostamos não presta.
Uma das coisas que mais se discute é o gosto musical. Alguns ritmos são visto com muito preconceito, e esse preconceito acaba se estendendo para quem o gosta. O maior exemplo disso é o brega. O próprio nome já é pejorativo para com o ritmo. Segundo o dicionário, brega é algo (situação, desempenho, produto) com traços sociais grosseiros. O que seria grosseiro? Declarar um amor de forma que todos entendam? Falar de uma mor que não deu certo de forma clara e direta? Várias músicas falam disso nos outros ritmos e não são tachados como tal e principalmente, não são tão discriminados. Claro, devemos saber que musicalmente, harmonicamente, existem músicas de qualidade e outras que não são, mas como nem todos nós temos capacidade de diferenciar isso, pois nem todos somos músicos, e por isso poderemos ouvir o que bem entender.
Outra forma de julgamento se dá pelos cantos que você freqüenta. As pessoas dizem: Esse canto que você vai é de péssimo gosto. Porraaaaaaaaaaaaaaaaa...quem são vocês para dizer que tal local, que na maioria das vezes nunca foram, é de péssimo gosto? Pode ser ruim para você, mas para a pessoa que gosta é um local excelente para ser freqüentado, então nos resta respeitar. Não existe uma norma nos dizendo o que é bom ou o que é ruim. Esse julgamento somos nós quem fazemos.
Na verdade o que queremos é transformar todos que estão ao nosso redor, ou todos com quem convivemos em nossas cópias. Temos problemas de aceitar gostos diferentes, queremos moldar, para que a companhia daquela pessoa seja sempre da forma que imaginamos. Nessa vida as escolhas são livres, e é por isso que nosso ciclo de amizades, geralmente é formado por pessoas que tem gostos em comum, mas isso não é uma regra.
Por isso sejamos tolerantes, e paremos de julgar os outros através dos estereótipos criados por uma sociedade preconceituosa e excludente. No mundo existem mais ou menos 7 bilhões de pessoas, e pode ter certeza meu amigo e minha amiga, que você não é a mais especial.
Nós não somos o que ouvimos, o que comemos, o que vestimos, o local aonde vamos. Somos formados pela nossa personalidade, nossos atos, nossa honestidade e é isso que diz o nosso real valor dentro da sociedade. Não somos mercadorias com preços estampados ou com códigos de barras, onde quem olha sabe quanto valemos.
Goste do que quiser gostar, desde que seja lícito, e curta sua vida feliz com você. Pois como dia Félix Lope de Veja, "A única razão do gosto é o gosto."
"Não há vasilha que meça os gostos nem balança que os iguale; cada qual tem o seu, e, pensando que é o melhor, é o mais enganado." (Mateo Alemán)
Excelente postagem! Parabéns.
ResponderExcluirComo eu não poderia deixar de ser chato, para variar, não consigo deixar de adentrar no mérito DAS DROGAS (esta "porra"(está entre aspas :D) é tão viciante que até numa produção de monografia vicia (O assunto é fantástico! Não consigo parar de pesquisar...))
O porquê disse isso tudo? Nesta parte final do seu artigo:
"Goste do que quiser gostar, desde que seja LÍCITO, e curta sua vida feliz com você."
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Qual o problema de gostar de coisas que são taxadas, pela norma (e sociedade-papagaio desta), como ilícito? Até pouco tempo atrás, MUITO POUCO TEMPO, o adultério era taxado como criminoso, algo ilícito... e o que não faltava era pessoas burlando a LEI dia-a-dia, tornando algo tão impunível, aos "olhos RACIONAIS", que acabou passando a ser algo, tipo assim: LÍCITO, sendo passível tão somente de Danos Morais ao Cônjuge traído.
A questão no significado do que é ser LÍCITO passa por uma estrutura sócio-jurídica, a qual só dita o que é CERTO OU ERRADO em razão dos interesses dos que ESTÃO NO PODER e não DOS QUE ELEGERAM tais "Representantes".
Estamos passando agora por um temor da sociedade CONSERVADORA (EM suma maioria CRISTÃ) de apenas DEBATER, ABRIR O QUESTIONAMENTO, sobre a REGULAMENTAÇÃO DA CANNABIS SATIVA L, mais conhecida pelo nome PEJORATIVO de "MÁ-conha" (A "ervinha do capeta", temida por aqueles, "abençoados" que que consomem sua droga líquida LÍCITA, o álcool ou dar suas baforadinhas naquele CIGARRINHO INDUSTRIAL LÍCITO (Drogas que mais mataram na história (e nos dias atuais) DIRETAMENTE E INDIRETAMENTE)).
Se a questão do LÍCITO for algo de defesa da SAÚDE e preservação da VIDA... neste contexto, tendo ir, mais uma vez, de encontro com os conservadores, pois em termos lógicos TAL LICITUDE, para as DROGAS LÍCITAS, não passam de HIPOCRESIA diante dos dados CIENTÍFICOS atuais (Salve salve a estatística!).
Desculpe o comentário-texto. Como dito, não consigo me ater a algo passado desapercebido pela "geral" e teimo a dizer: Há quem curte a vida, E MUITO, cumprindo todas as duas OBRIGAÇÕES e DEVERES, GOSTANDO e fazendo, também, coisas ilícitas: Comprando FILMES PIRATAS (pensaste que eu ia fazer alusão às drogas ilícitas né! haha), sonegando impostos em compras no Mercado Livre (site), dando ÁLCOOL/TABACO à menores de idade (aceito socialmente, mas tido como CRIME pela NORMA, bem EXPLÍCITO no Estatuto da criança e do adolescente), etc etc etc...
Vlw mano braw!!! Paz de Jah, Cristo, Oxalá e todas as demais representações religiosas que consagram à PAZ! Fim.<-Ponto Final :D
E aí galaaaaaaado...kkkkkk....
ResponderExcluirPois é cabra...concordo com você. O que é certo ou errado é escolhido pelas pessoas que estão no poder...sempre foi assim e sempre será. Mas (felizmente ou infelizmente, é lei, e a lei tem que ser cumprida, pelo menos teorícamente falando). Quando falo que só é para consumir coisas lícitas é justamente para não ocorrer o que falo no texto. Ao fazer coisas ilícitas você abre automaticamente a possibilidade de alguém falar de você, mesmo você ligando ou não. Concordo também quando você diz que muitas pessoas que se acham direitas cometem alguns delitos já citados por você. São erros que deveriam ser punidos, mas já foi banalizado pela sociedade. A verdade é que não existe meio crime. Ou é totalmente ou não é. Quem pratica coisas ilícitas está errado de acordo com as leis que nos rege, independente se concordamos com isso ou não. Falo no contexto social como um todo. Somos livres para escolher o que é melhor pra gente, mas todas escolhas geram algumas consequencias. cabe à gente dosá-la e ver se o risco vale à pena. Se valer, caia de pau...kkkkkkkk...
Dura Lex, Sed Lex - "A lei é dura, mas é lei".
Valeu boyzão...
Resposta à altura do seu blog/site! Parabéns... :D
ResponderExcluirUma ressalva no meu comentário lá em cima (dentre as demais que ainda não vi :D): Quem quiser passar a galha, xifrar ou xifrecência(...) lembre-se que não é só de DANOS MORAIS que vossa senhoria poderá está passível, ESQUECI DE COLOCAR os DANOS MATERIAIS no rol também. Há.. isso sim dói, o "órgão" chamado BOLSO!
ResponderExcluirObrigado pelo elogio...kkkk...e outra coisa: realmente o bolso doi mesmo. Faloras....
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