domingo, 17 de julho de 2011

Felicidade não tem preço.

            Ontem (16/07) tive a oportunidade de ir ao casamento de dois amigos, e que, por coincidência, também comemoravam o nascimento da sobrinha, que veio ao mundo no mesmo dia. Além desses fatores, tivemos a oportunidade de juntar pessoas que há muito tempo não víamos. E a partir disso tive a prova (se é que precisasse disso) de que é muito bom estar com pessoas que gostamos.
            Sem dúvida alguma, a felicidade é algo indispensável ao ser humano. Quando estamos felizes tudo fica melhor. Não pensamos em nada que possa estragar aquele momento.
            Ver um homem formado se derreter em lágrimas por causa da filha que nasceu, outros tantos chorando por que os amigos estavam casando, abraços e mais abraços de felicidade, pois ali, naquele momento a saudade foi deixada de lado.
            A vida é muito boa para ser desperdiçada com coisas negativas. A vida é para ser bem vivida, e feliz daquele que faz isso independente da fase que esteja passando ou os problemas que esteja atravessando. Ter a prova que tem pessoas em que pode confiar já lhe livra de vários deles. É bom demais você saber que tem gente que gosta de você, e que você gosta de verdade de outros.
            Somos os pilotos das nossas vidas, e assim como na realidade, existem bons e maus motoristas. Aqueles que livram dos buracos, aqueles que dirigem atentos aos movimentos, aqueles que levam sempre seu carro aos caminhos desejados. Outros não tomam tanto cuidados, passam por buracos, batem em outros carros, causam acidentes e quase nunca chegam onde queriam. Porém, como tudo que acontece, temos a chance de escolher o caminho certo e sermos mais atenciosos na estrada.
A vida não é complicada, é até simples demais. Quem a complica mesmo somos nós. Nós que cegamos com o desejo e até mesmo a ganância de sermos bem sucedidos e nos esquecemos que também existe a questão social. Você pode ser a pessoa mais reconhecida e mais rica do seu meio, mas se não tiver ninguém com quem contar, não vai poder dividir essa felicidade com ninguém, não vai receber um abraço sincero e não vai se emocionar com uma vitória alcançada por um amigo seu. Lógico que não vou ser hipócrita de dizer que só basta isso para ser feliz. Mas sem amigos a felicidade nunca vai ser plena.
Então vamos viver a vida do jeito bom de ser. Não vamos nos incomodar com o que o outro faz, não ligar para mesquinharia, não ter inveja, não ter rancor. A infelicidade é contagiante. Uma pessoa infeliz é incapaz de ver e achar que outros são felizes. Elas querem que os outros também sejam infelizes. Não tolera a vitória do semelhante e fazem de tudo para estragar o que é bom.  
Sou feliz por contar com pessoas que posso confiar, e isso (não querendo usar na forma de clichê) não tem preço.

"Quando a felicidade bate na porta, muitas pessoas estão no quintal procurando trevo de quatro folhas."

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os "abestaiados" também amam.

            Há um tempo fiz um texto falando nas formas que podemos identificar um “abestaiado”. Pois bem, algumas pessoas identificaram uns abestaiados no seu ciclo de amizade, outras até se identificaram com alguns atos, mas enfim, o que quero falar hoje é sobre os relacionamentos dos abestaiados. Para ser mais direto, de como um abestaiado consegue namorar. Lembrando sempre que o termo “abestaiado” ta errado propositalmente.
            Uma das coisas que mais causa revolta (pelo menos no meu ciclo de amizade) é quando uma garota arrumada, que tinha condições de ficar com pessoas bem mais desenroladas, fica com um abestaiado. Acho que com as meninas deve ser da mesma forma: saber que aquele cara boa pinta, desenrolado, arrochou uma doidinha que não tem muita coisa na cabeça. Estou certo?
            Às vezes fico tentando imaginar como ele conseguiu. O que será que falou?! Como será que chegou junto?! Não tem condição de um cara que só fala bosta com você, quando chegar à frente de uma garota, se tornar o maior galanteador da região ou ter boas conversas.
Claro que tem momentos em nossas vidas onde podemos dar uma de abestaiado. Quando estamos em momentos de diversão por exemplo. Só que o verdadeiro abestaiado é abestaiado sempre. O ser abestaiado dele não é uma questão de escolha, e sim de personalidade.
Penso as vezes que eles só “pegam” as garotas que são iguais a eles, que na verdade são abestaiadas, mas o pior é que não é verdade, pois já tive oportunidade de conversar com algumas que já arrocharam alguns abestaiados e elas não eram assim.
Pode ser fetiche, atração. Atração de ficar com uma pessoa que tenha uma mente mais deficitária e assim, mesmo que inconscientemente, dominar a relação. E ainda para piorar a situação, tem casos em que a menina é tão arrumada que você passa a ter inveja do abestaiado. Às vezes pensa até em se igualar a ele para obter o mesmo êxito.
A brincadeira faz parte da paquera, faz parte do convívio, mas isso não pode ser sempre. Temos que pensar e agir sério às vezes, coisa que, como já disse, eles não conseguem fazer. E esse é o principal problema. Você pode ter sido ludibriada ali naquele momento, mas será que depois não da pra notar? Será que não da pra ver que aquele cara ali é muito menos do que você merece?
Antes que venham falar qualquer coisa, não existe nada de pessoal nesse texto. Essa é uma situação que já gerou várias discussões entre amigos e agora resolvi publicá-la. E como já disse também, pode ser inveja. Mas é uma inveja da situação e não do abestaido propriamente dito.
Mas enfim, os abestaiados também têm o direito de ser felizes, desde que sejam com as abestaiadas iguais a eles.
“Na juventude, aprendemos; na maturidade, compreendemos.”

Gosto não se discute.

               Gosto realmente é uma coisa que não se pode discutir. Porém, eu acho que podemos discutir o porquê de não gostar de algo. Por exemplo: não gosto de beterraba por que acho que tem gosto de areia, e isso é suficiente para evitar comê-la.
                Ao gostarmos de algo, gostamos por que gostamos. A sua existência por si só já é uma causa de gostar. Por isso não devemos dizer que o gosto de fulano é péssimo ou outras coisas que denigrem aquele gostar. Várias vezes nos deparamos com situações onde se colocam as nossas preferências em cheque, e tentam, de todas as formas, mostrarem que o que gostamos não presta.
                Uma das coisas que mais se discute é o gosto musical. Alguns ritmos são visto com muito preconceito, e esse preconceito acaba se estendendo para quem o gosta. O maior exemplo disso é o brega. O próprio nome já é pejorativo para com o ritmo. Segundo o dicionário, brega é algo (situação, desempenho, produto) com traços sociais grosseiros. O que seria grosseiro? Declarar um amor de forma que todos entendam? Falar de uma mor que não deu certo de forma clara e direta? Várias músicas falam disso nos outros ritmos e não são tachados como tal e principalmente, não são tão discriminados. Claro, devemos saber que musicalmente, harmonicamente, existem músicas de qualidade e outras que não são, mas como nem todos nós temos capacidade de diferenciar isso, pois nem todos somos músicos, e por isso poderemos ouvir o que bem entender.
                Outra forma de julgamento se dá pelos cantos que você freqüenta. As pessoas dizem: Esse canto que você vai é de péssimo gosto. Porraaaaaaaaaaaaaaaaa...quem são vocês para dizer que tal local, que na maioria das vezes nunca foram, é de péssimo gosto? Pode ser ruim para você, mas para a pessoa que gosta é um local excelente para ser freqüentado, então nos resta respeitar. Não existe uma norma nos dizendo o que é bom ou o que é ruim. Esse julgamento somos nós quem fazemos.
 Na verdade o que queremos é transformar todos que estão ao nosso redor, ou todos com quem convivemos em nossas cópias. Temos problemas de aceitar gostos diferentes, queremos moldar, para que a companhia daquela pessoa seja sempre da forma que imaginamos. Nessa vida as escolhas são livres, e é por isso que nosso ciclo de amizades, geralmente é formado por pessoas que tem gostos em comum, mas isso não é uma regra.
Por isso sejamos tolerantes, e paremos de julgar os outros através dos estereótipos criados por uma sociedade preconceituosa e excludente. No mundo existem mais ou menos 7 bilhões de pessoas, e pode ter certeza meu amigo e minha amiga, que você não é a mais especial.
Nós não somos o que ouvimos, o que comemos, o que vestimos, o local aonde vamos. Somos formados pela nossa personalidade, nossos atos, nossa honestidade e é isso que diz o nosso real valor dentro da sociedade. Não somos mercadorias com preços estampados ou com códigos de barras, onde quem olha sabe quanto valemos.
Goste do que quiser gostar, desde que seja lícito, e curta sua vida feliz com você.  Pois como dia Félix Lope de Veja, "A única razão do gosto é o gosto."
"Não há vasilha que meça os gostos nem balança que os iguale; cada qual tem o seu, e, pensando que é o melhor, é o mais enganado." (Mateo Alemán)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu Brasil Brasileiro...

           Sou professor de geografia, formado pela UFRN em 2005.1. Hoje exerço a profissão que escolhi, diferente de vários companheiros de faculdade que trilharam outros caminhos.
Ser professor no Brasil é complicado. Complicado por que essa profissão não tem o reconhecimento que merece, e isso não é choro não, é a pura realidade. Não me refiro ao valor em relação ao salário somente, mas a um todo. Porém esse post não é para falar da vida de professor, mas sim compará-la com outras profissões.
A maior parte dos cursos superiores dura quatro anos e meio, em média. Esse é o tempo que a maioria dos alunos passa estudando para alcançar o tão esperado diploma. Antes disso, você teve que passar no mínimo 11 anos estudando no ensino regular. Contando que você tenha passado no primeiro vestibular, passou 15 anos e meio para atingir esse objetivo. Colocando aí mais dois anos de pós-graduação chegamos à marca dos 17 anos, quase a maioridade.
Pois bem. Esses 17 anos de estudo não lhe garantem um emprego ainda. Tem que ralar pra conseguir, e contar com uma boa porção de sorte. Conheço várias pessoas que mesmo tendo concluído seus cursos e seus mestrados não conseguiram um emprego ainda.
Mas para se ganhar dinheiro no Brasil não precisa ser estudado não. Você pode ganhar dinheiro se você nascer gostosa. Não tem para que saber ler ou contar, tendo uma bunda grande seu futuro ta garantido. As revistas e os BBB’s da vida estão aí pra isso. Se você for homem é mais difícil, porém, se souber jogar bola você pode ganhar muito mais do que vários profissionais Pós-graduados.
Por isso que o Brasil sempre vai ser um país subdesenvolvido, enquanto não investir maciçamente em educação. Enquanto der valor a um par de coxas e a um rabo grande. Enquanto um jogador de bola ganhar mais que um doutor. Isso é triste e desmotivador.
Não sei quanto tempo eu vou ter que passar para conseguir (se é que consigo) um milhão de reais. Mas para os participantes do BBB só são 3 meses. 3 meses de vagabundagem total: farras, biritas, conversas fiadas, dormidas, comida de graça, dentre outros. E o pior é que fazem isso com a ajuda do povo. O povo é quem faz isso se repetir através da audiência e de votações.
Enquanto supervalorizarmos bundas e bola, continuaremos atrasados e tapados. E é isso que querem que gente seja: TAPADOS, para que possam fazer da gente uma massa de manobrados que aceita qualquer coisa pacificamente.
Para que estudar, se os principais exemplos de pessoas bem sucedidas no Brasil não estudaram quase nada?